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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Filme: Love at First Bite (Amor à Primeira Mordida)

Saudações, andarilhos da noite!

Nesta postagem apresentarei um filme que assiste a poucas semanas, que, diferente do que a maioria está acostumada quando refere-se a filmes envolvendo os sugadores de sangue, este trata-se de uma comédia.

O filme em questão chama-se "Love at First Bite (Amor à Primeira Mordida)".

O filme em questão foi lançado em 1979, nos Estados Unidos, pelo Estúdio Melvin Simon, dirigido por Stan Fradoti, possui aproximadamente 96 minutos, e é classificado como "Comédia", sendo livre a todo público.








Elenco:

George Hamilton - Conde Vladimir Drácula
Susan Saint James - Cindy Sondheim
Richard Benjamim - Dr. Jeffery Rosenberg/ Van Helsing
Dick Shawn - Tenente Ferguson
Arte Johnson - Sr. Renfield
Sherman Hemsley - Reverendo Mike
Isabel Sanford - Juiz R. Thomas
Barry Gordon - Flashlight Vendor
Hazel Shermet - Sra. Knockwurst
Stanley B rock - Erwin Newman

Sinopse:

"Transilvânia. Após 700 anos a rotina irrita o Conde Vladimir Drácula (Hamilton). Assim quando ele é despejado do seu castelo, Drácula decide ir para NY em busca do amor da sua "vida", Cindy Sondheim (Saint James), uma top model que o conde só viu através de revistas. O conde anda por NY e observa, enfadado com a violência e a falta de respeito da vida moderna. Com a ajuda de Renfield (Johnson), seu fiel discípulo, ele encontra Cindy. Numa discoteca, após dançar com ela, o conde deixa Cindy totalmente apaixonada. Acontece que ela é noiva de um psiquiatra, Rosenberg (Benjamim), que é neto de Van Helsing, o maior caçador de vampiros que o mundo. (Provavelmente, nesta parte a frase se completaria com "... que o mundo já viu", mas não há esse complemento na sinopse do DVD). E este, quer continuar  o trabalho do avô. Ainda assim ele precisa impedir que Cindy seja mordida três vezes, pois se transformará para sempre numa vampira."

Está é uma comédia que com certeza eu indico a vocês. Bem sutil, longe de ser um besteirol, a estória é simples, porém divertida, com momentos impossíveis de não rir, principalmente quando Reinfield solta suas gargalhadas para lá de estranhas. Também há um psiquiatra que está mais para um louco, um Drácula apaixonado e meio confuso com a cidade grande e uma moça, que de donzela não tem nada.


Não vá esperando ver muitos dentes alongados, e muito menos sangue, pois o filme mal tem isso. Este talvez seja um ponto negativo, já que estamos falando de Conde Drácula, mas só pela sua classificação como "Comédia" e livre para todos os públicos já fica fácil, antes mesmo de assistir, de imaginar que o teor de violência, sangue e coisas do gênero é bem baixo.

É um  filme bom que vale assistir sim.



Já conhecia o filme? Comente sua opinião ao final desta postagem.

Quem quiser, me siga no twitter: www.twitter.com/kamposss

Não pense que desejo apenas o seu sangue... Anseio por atormentar sua alma também!

Abaixo, assista ao trailer do filme " Love at First Bite (Amor à Primeira Mordida)":

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dia dos Vampiros




Saudações, noturnos!

Hoje, 13 de agosto, é comemorado o dia das criaturas sugadoras de sangue, DIA DOS VAMPIROS!
 
Desde o ano de 2002, foi instituído que o dia 13 de agosto seria o DIA DOS VAMPIROS, já firmado como lei na capital paulista desde 2003, data esta idealizada por Liz Vamp, que é atriz, apresentadora de programa de TV, escritora e filha do grande José Mojica, mais conhecido como "Zé do Caixão".

Este ano a comemoração completa seus 10 anos de existência, e com certeza, irá completar 20... 30... 

A data foi comemorada no sábado (11 de agosto de 2012)  com um "Cortejo Vampiresco", que infelizmente, mais um ano, não participei por morar longe e já ter compromissos marcados para a data... Quem sabe ano que vem eu participe.

Além das bandeiras levantadas pelo evento (Incentivo à doação de sangue, Luta contra discriminações e preconceitos e incentivo à diversidade artística) a data serve também para reunir aqueles que apreciam as criaturas da noite e mostrar ao público em geral que esse nosso fascínio não é  algo negativo e ao mesmo tempo, mobiliza as pessoas à boas ações, principalmente quanto a doação de sangue.

Para comemorar a data, fiz um desenho, simples... Estou preparando outro, mas não daria tempo de postar para hoje. 

Espero que gostem!

Conheça mais sobre a criação, iniciativa e os 10 anos desta data no site: http://www.diadosvampiros.org/home/

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Vivemos na noite e gostamos dela... Ela nos liberta para fazermos o que quisermos... Um brinde a escuridão!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

VINGANÇAS DE SANGUE na POÇOS ROCK GALLERY


Saudações, andarilhos da noite!

Venho avisá-los que agora, em Poços de Caldas/ MG, o livro de minha autoria VINGANÇAS DE SANGUE encontra-se a venda na loja POÇOS ROCK GALLERY - Av. Assis Figueiredo, 1390 - Centro - Sl. 4 - Galeria Líder.

A loja, que trabalha principalmente com artigos voltados ao Rock, abre de segunda a sábado, a partir das 13 horas até 18 horas.

O valor do exemplar é R$ 30,00 (Consulte na loja para eventual mudança). 




Para quem não for de Poços de Caldas/ MG e quiser adquirir seu exemplar, basta entrar em contato comigo pelo e-mail : karlo_campos@yahoo.com.br que passo os dados para depósito bancário e o livro envio por correios, autografado e protegido em plástico-bolha. O valor mantém R$30,00 (Consulte por e-mail eventual mudança), já INCLUSO o valor do frete, ou seja, SEM ACRÉSCIMO de frete para envio para qualquer parte do Brasil.

Conheça mais sobre o livro VINGANÇAS DE SANGUE pelo link: http://criaturasdaescuridao.blogspot.com.br/2009/11/livro-vingancas-de-sangue.html

Quem quiser, me siga no twitter: www.twitter.com/kamposss

Deixamos como lembrança de nossa passagem os cadáveres a serem contados.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Como você seria se fosse um vampiro?

Saudações, notívagos!

Apresento nesta postagem mais um leitor do blog que respondeu a enquete:

"COMO VOCÊ SERIA SE FOSSE UM VAMPIRO?"
A leitora da vez chama-se Larissa, de Santo André/ SP, e mandou por e-mail a enquete respondida.

Quem quiser fazer como a Larissa e participar desta enquete, basta responder as perguntas abaixo enviando suas respostas para meu e-mail com uma foto de como você seria se fosse um vampiro. A foto pode ser trabalhada em photoshop, do jeito que o leitor quiser, desde que siga a ideia do título: "Como você seria se fosse um vampiro?".

E-mail para envio das respostas e foto: karlo_campos@yahoo.com.br

Fico no aguardo da participação de todos!

Larissa, muito obrigado por sua participação!!

Em cada vampiro, uma face diferente... Em todos os vampiros, o mesmo olhar assassino.

"COMO VOCÊ SERIA SE FOSSE UM VAMPIRO?"








Nome: Larissa
Cidade/ Estado: Santo André/ SP
Data de nascimento: 25/02/1998Estado civil: Solteira
Livro sobre vampiros preferido: "Reformed Vampire"
Filme sobre vampiros preferido: "Um drink no Inferno"
Série sobre vampiros preferida: "Vampire Diaries"
Um vampiro deve ser: Misterioso, silencioso e sanguinário quando necessário.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DIA DO ESCRITOR


Saudações, noturnos!!

Hoje, 25 de julho, é o DIA DO ESCRITOR!! \o/....

Está data, pelo que encontrei, foi estabelecida em 1960, por um decreto governamental, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores.

Escrever é algo tão prazeroso quanto ler. A partir da escrita podemos criar mundos, criaturas, pessoas, ou seja, um universo infinito de possibilidades.

O mais incrível quando se começa a escrever é perceber como muitas vezes suas ideias ganham vida... Parece que você não tem mais o controle daquilo que passou para as linhas... Quem nunca criou uma personagem já pré-determinado que a mesma viveria até certa parte da estória, ou seria coadjuvante, e de repente, se viu em uma situação que a mesma ganhara a importância de um protagonista, a ponto de ser mantida viva na saga?! Isso me ocorre o tempo todo e adoro!!

Acho empolgante quando crio uma estória e algum leitor vem conversar comigo e fala de determinada personagem como se a mesma realmente existisse, de carne e osso. Quando o leitor fica quebrando a cabeça tentando entender o porquê da personagem agir de tal forma, assim como quando pegam antipatia pelo herói ou vilão, ou até ficam apaixonados por eles, pedindo estórias solos.

O gostoso de escrever não está apenas no fato de passar para o papel o que imaginamos, mas sim de saber que aquela personagem e universo que nasceu de sua mente e aos poucos foi ganhando as linhas de uma estória tornou-se importante para alguém, prendeu a atenção dos leitores e os levou para aventuras maravilhosas!

Escrever, pelo menos para mim, é algo mais que necessário até para acalmar a mente, a imaginação, que me cobra a existência de tais estórias e que elas não fiquem confinadas apenas para mim.

Sempre apoio as pessoas que me dizem que querem escrever. Digo que, independente do tema, muitas vezes elas serão surpreendidas ao perceber em como será importante dar sequência na estória de algum personagem... Como não será fácil abandoná-lo em meio a uma aventura... Como passarão o dia, independente de seus compromissos, pensando em como tirar alguma personagem de algum impasse, e como terão cada vez mais carinho e afeição por cada criaturinha que passar para o papel ou computador.

Escrever é uma forma do escritor viajar, descobrir novos lugares e em seguida, apresentá-los ao leitor que dedicará seu tempo em explorar o mundo que você criou.

Felicito todos os escritores nesta data e que continuem criando linhas após linhas de aventuras, conquistas, dramas para o deleite de todos!!

FELIZ DIA DO ESCRITOR!!

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Linha após linha, registrei por décadas os meus passos, contabilizei minhas vítimas e relatei meus temores...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Amaldiçoados" - (Conto de Minha autoria)

Saudações, noturnos!!

Faz um tempo que não publico um conto novo de minha autoria aqui no blog, porém chegou a hora!!

O conto que estou postando é intitulado "Amaldiçoados".

Faz exatamente um ano que o escrevi para enviar para uma seleção de contos de uma editora nova, porém a mesma nunca apresentou o resultado da seleção, e sequer alguma outra notícia, por isso, depois de  tanto tempo, decide postar para vocês lerem.

 
Peço por gentileza que não utilize em sites, blogs ou impressos o conto sem minha permissão.

Espero que gostem!!

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No início era apenas meu inimigo, logo tornou-se meu alimento!


Kampos


  A noite era plena e pela sua experiência tinha total noção de que aquele horário não era o melhor para caçar, na verdade, ia contra a primeira regra que aprendera: “Assim como a noite é dominada por eles, o dia a nós pertence”.
Mas hoje era diferente, não poderia esperar, e nem mesmo queria aguardar o amanhecer para ai sim encontrar e eliminá-los no momento em que estivessem mais vulneráveis... Tinha que ser está noite de qualquer jeito!
Sabia aonde ir, onde estavam seus alvos, e pouco importava outros da mesma laia, iria focar naquelas criaturas em especial.
Subia rapidamente pela rua com passos firmes, convictos e sem demonstrar mínimo cansaço pelo esforço.
Estava acostumado e preparado para aquilo. Era um caçador nato, algo passado como herança, seguia gerações. Seu pai fez questão de iniciar sua preparação desde cedo. Muito rígido, sempre cobrava por total disciplina e atenção e não havia um só dia que não o lembrasse das regras e de suas responsabilidades como futuro caçador. Sua infância foi em meio a livros teóricos de caça e técnicas de combate.
Eram considerados os bonzinhos da história, mas se presenciassem o momento derradeiro do confronto, muitos ficariam na dúvida para quem torcer. Não podiam ter piedade, compaixão, e nem mesmo um segundo de hesitação. Assim como os monstros que caçavam, deveriam ser impiedosos, brutos, e ter como objetivo apenas eliminar e nada mais.
Os anos intermináveis de caça o deixaram frio, com aparência desgastada, cansada, nem mesmo aparentava ter apenas trinta e quatro anos, mas era sua missão e por mais sacrificante que fosse não abria mão de cumpri-la sempre que necessário.
Para muitos, ele e vários como ele, não existiam, eram figuras imagináveis, assim como os seus alvos, as criaturas que não vivem, mas que também não estão mortas, que caminham pela noite aterrorizando com seus longos caninos e que almejam apenas uma coisa, o sangue de suas vítimas, chamados por alguns de sanguessugas, porém mais popularmente conhecidos como os lendários vampiros.
Sua mãe nunca soube da identidade de caçador do marido, e muito menos imaginava que o próprio filho era preparado para assumir seu lugar anos depois. Está era mais uma regra imposta para aqueles como ele e que seu pai fazia questão de adverti-lo. Não deveriam nunca revelar a identidade de caçador, nem mesmo para a própria família, apenas para o primogênito que assumiria a posição. Talvez por isso a maioria se tornava solitário, se fechando, suprimindo as próprias emoções, e só possuindo o desejo de concluir seus deveres.
Assim como existiam tais criaturas, existiam seus caçadores, e ele fazia parte deste seleto grupo. Não era tarefa para qualquer um, e muito menos um fardo fácil de ser carregado. Nascera já predestinado para isso, com uma missão já traçada e um destino a cumprir. Desde crianças, todos os futuros caçadores são treinados a acreditarem e a encararem tais monstros que usam de suas feições humanas, e muitas vezes, de pura inocência para ludibriarem e assim dar o bote fatal. Não eram poucas as histórias que crescera ouvindo de corajosos caçadores experientes que sucumbiram aos truques ardilosos desses seres da escuridão.
Com dezesseis anos foi colocado frente a frente com uma criatura. Seu próprio pai, seu tutor e maior exemplo, elaborou a armadilha para que o filho enfim provasse seu valor. Deveria mostrar que estava pronto para assumir seu lugar algum dia. Tremeu, pensou em fugir, e quis chorar frente ao perigo, porém, conteve-se e recusou a demonstrar fraqueza diante do olhar de seu pai, de quem almejava por aprovação. Graças ao treinamento desde muito novo, superou o desafio e pela primeira vez teve certeza que deixara seu pai orgulhoso. Dois anos mais tarde quis o destino que seu pai falecesse, mas não antes que, no leito de morte, passasse a tarefa oficialmente para o filho. A partir daquele mórbido momento tornava-se o novo caçador e foi obrigado a prometer que continuaria a linhagem de caçadores da família, e que seu futuro neto seria colocado em treinamento logo cedo para um dia assumir também seu lugar.
Seu pai sempre deixou claro que nunca deveria baixar a guarda ou por um instante acreditar que aquelas criaturas ainda eram humanas. A imagem era apenas uma carcaça que camuflava o verdadeiro demônio. Depois de sua morte, em toda caçada tinha certeza de que seu pai estava ao seu lado, gritando, advertindo e chamando sua atenção.
Tantas passagens do passado cruzavam por sua mente enquanto caminhava que nem reparara com que rapidez se aproximava da residência. Deveria ir com maior cautela a partir dali. Não queria chamar a atenção.
Já avistava a casa no final da rua. E em sua mente, escutava a voz de seu pai o obrigando a repassar exaustivamente todas as regras que deveria seguir. “Atenção”, “frieza” e “foco” eram palavras muito presentes em sua vida de caçador. Por mais que fizera isso centenas de vezes, sentia naquele momento seu coração disparar. Isso não era bom.
Não poderia deixar transparecer qualquer emoção, deveria ser como uma rocha, senão daria brecha para seus inimigos, mostraria fraqueza e um ponto a ser explorado contra ele.
Parou por um instante assim que pisou no gramado da frente da residência. Primeiro olhou para os dois lados. A rua estava deserta. Nenhuma alma viva, nenhum ser morto à vista. Em seguida, observou a construção de dois andares. Aparentemente uma casa normal, fachada branca, de médio porte, mas o que importava mesmo estava em seu interior, criaturas da noite que espreitavam a espera de uma vítima.
Caminhou até a porta de entrada. Bem devagar girou a maçaneta evitando assim qualquer rangido. A mesma foi aberta vagarosamente.
Retirou da cintura uma espada brilhante, longa e afiada, pura prata. Lâmina lendária que assim como sua missão também passara pelas mãos de seus antepassados, e com certeza também pelo pescoço de diversos sanguessugas durante os séculos. Tal arma era mais eficaz para a missão daquele momento. Se os vampiros estivessem em repouso, a estaca e um martelo seriam úteis, porém, despertos e prontos para um combate, a espada lhe daria maiores vantagens.
Olhou com atenção todo o ambiente da sala. Tudo revirado, destruído. TV jogada em um canto, sofá tombado e cacos de vidros para todos os lados. Não era mais uma casa habitável. Agora era simplesmente um covil. Ambiente em total breu, e como já imaginava, as lâmpadas todas foram destruídas. Tinha um ponto que o ajudava. Conhecia bem o local, sabia onde ficava a cozinha, os dois quartos e os banheiros.
Silêncio... Nenhum som de passos, nada, mas tinha certeza que estavam ali, e deveria se comportar como eles, silencioso, escondendo o máximo de sua presença.
Encontraria naquela residência pelo menos dois vampiros, e esperava que mais nenhum.
Quando pensou em caminhar em direção a cozinha, uma voz surgiu do nada.
  - Pensei que não viria nos visitar.
  Há muito tempo não sentia o gelo em seu estômago como no momento em que ouvira tal voz feminina. Olhou em direção de onde possivelmente viria o som. Percebeu, pelo canto dos olhos, o vulto que cruzara a porta que dava para o corredor. Apertou com firmeza a espada em sua mão e caminhou em direção que ocorrera o movimento. Eles já sabiam que estava ali, não tinha mais volta, deveria ir até o fim.
Em posição, perto do batente, estava pronto para espiar o corredor com a espada erguida caso necessitasse, mas sabia como tais criaturas eram traiçoeiras e já esperava pelo que ocorreria e, por isso teve tempo de saltar em direção ao sofá antes que o vulto maligno o pegasse pelas costas. Virou-se rapidamente com a espada pronta para o ataque, apenas a tempo de ver o alvo sumir mais uma vez. Fora em direção à escada que levava para o segundo andar. Sem pensar, e buscando manter sua mente focada apenas no que deveria fazer, saiu em disparada atrás do inimigo.
A respiração ofegante deixava claro que estava nervoso, não gostava da situação. Ele, que já se vira em apuros e em circunstâncias bem piores, pela primeira vez, temia o desfecho, temia pelo o que viria.
  - Você me quer... Venha me pegar! – A voz feminina provocava, e ria em seguida. Brincava com o seu caçador e ele sabia que tudo isso não passava de um jogo sádico em busca de atraí-lo para onde ela queria, para enfim consumi-lo.
  No segundo andar, apenas dois quartos e um banheiro. Sabia exatamente para onde se dirigir. Iria para o aposento principal, que assim como o resto da casa, provavelmente estava bagunçado e destruído. Chegou devagar à porta, já não se importando mais com o que aprendera, não tomando os devidos cuidados. Ouvir aquela voz o desestabilizou. Era em momentos de distração como este que seu pai sempre lhe chamava a atenção. “Concentração é tudo”, ele dizia. Na porta deparou-se com a imagem de uma bela mulher, de camisola branca, deitada em uma cama de casal.
  - Estava me procurando? Estou aqui, meu querido. Venha... Deite-se comigo... Sei que você quer. – O seduzia com um sorriso malicioso em seus lábios enquanto lentamente se levantava e começava a se despir de sua camisola revelando um corpo escultural, com curvas e extremamente desejável.
  Ela era linda. Mesmo com a pele pálida e o olhar frio e sem vida provocados por sua nova condição, ela ainda mantinha a beleza que sempre possuíra.
  - Venha! Me possua! – Dizia, com voz mansa, convidativa, e caminhando em sua direção totalmente nua.
Sentiu o momento em que a primeira gota de suor desceu por seu rosto. Indício que aquela situação mexia demasiadamente com sua razão. Como se não tivesse controle do próprio corpo, caminhava em direção a vampira. A espada não mais erguida e pronta para decapitar, mas sim com sua ponta voltada ao chão, sua guarda estava aberta.
  - Venha... Venha...
  Cada vez mais próximos ele já conseguia sentir o doce cheiro de sua pele e contemplar os detalhes dos cachos que se formavam nas pontas de seus longos e belos cabelos loiros.
De frente, um olhando para o outro, o caçador parecia não ter mais defesas. A encarava somente e ela se aproximava cada vez mais e o sorriso só aumentava. Seus olhos brilhavam e a cabeça já pendia para o pescoço daquele que deveria caçá-la. Próxima de mordê-lo, a vampira não resistiu e sussurrou ao seu ouvido:
  - Não há mais salvação... Estamos condenados mesmo.
  Essa frase o tirou do transe como um despertador que nos salva de um pesadelo terrível ou como os tapas que levava de seu pai cada vez que caia no sono durante os exaustivos exercícios de concentração. Arregalando os olhos e respirando fundo enquanto ouvia em sua mente as várias advertências de seu severo pai quanto a manter o foco e atenção, segurou a mulher por um dos braços a afastando por alguns centímetros evitando assim que os caninos já aparentes cravassem em seu pescoço, e de forma ágil e hábil, ergueu sua espada, e antes que seus pensamentos o confundissem mais, atravessou o peito da criatura com força, na altura de seu coração. A mesma emitiu um grito horrendo arregalando os olhos, e a feição começara a queimar, o corpo perdia forças para se manter erguido por si só, e enquanto o homem a segurava ainda pelo braço via a mulher de beleza tão intensa se desfazendo, soltando pedaços da pele, carne, sangue e ossos, se decompondo em uma massa avermelhada e fedorenta. A respiração do caçador era forte e rápida, e quando pensara em dizer algo diante do fim da vampira teve sua atenção chamada para a porta do quarto. Um pequeno vulto, parado, o encarava. Para os olhos de um leigo era apenas uma criança, um garoto que talvez acordara com os sons do quarto ao lado, porém, para os olhos de um caçador, era um monstro sedento por sangue e que se apossara de um ser inocente e infantil.
O corpo da mulher se desfez totalmente ficando apenas uma poça de gosma que exalava um cheiro podre. O homem que até então contemplava o fim da sanguessuga virou e encarou de frente a pequena figura.
  - Por que fez isso? – A voz era de criança, mas era perceptível algo maligno nas palavras.
  - Foi preciso. – A resposta saiu sincera de sua boca, com emoção.
  Ambos continuaram parados, se encarando por algum tempo.
  - E agora? – Perguntou o pequeno, quebrando o silêncio que pesava.
  - Agora, infelizmente é a sua vez.
  Um, no máximo dois segundos, se passaram e enfim um movimento. A criança-vampira em um gesto rápido e emitindo um som animalesco enfim mostrou o que realmente era saltando para cima do caçador que pode ver nos olhos daquela frágil imagem infantil que ali não mais habitava uma alma pura e inocente, mas sim um demônio de presas e olhar de fogo. Talvez se não encarasse tal verdade não teria coragem de fazer o necessário, mas o fez. Com um movimento incrivelmente rápido, que treinara dias após dias desde o início de sua preparação, cruzou a lâmina de prata de sua espada da esquerda para direita no alto, cortando o ar, e decepando a cabeça daquele garotinho, que caiu ao chão, estrebuchando, enquanto sua cabeça rolava para perto do que antes fora a criatura adulta. Enquanto seu corpo se desfazia, o caçador encarava o que ocorria quase sem piscar. No chão o fim de dois vampiros. Em sua mente ouvia as congratulações de seu pai que sempre foram raras e por isso dava tanto valor a elas. Aproximou-se do corpo já se desfazendo. Soltou a espada e ajoelhou, erguendo o corpinho em seus braços, olhando fixo, e pela primeira vez não se conteve e chorou em uma caçada.
Lembrava de mais uma regra que seu pai fazia questão de sempre deixar bem clara: “Depois que é condenado a se tornar uma criatura da escuridão, nunca mais voltará a ser o que foi em vida, não espere por um milagre”.
A caçada fora sucedida, mas sentia que fracassara. Na verdade, tinha certeza. Sim... Fracassara ao deixar que isso ocorresse. Chorando, desabafou:
  - Perdão... Perdão por deixar isso acontecer a vocês, mas agora suas almas poderão descansar em paz... Meu filho. – Abraçou forte o que ainda restava de sólido, sujando todo seu peito com o sangue que escorria por todas as partes do corpo em decomposição.
  A casa que um dia servira de morada para uma bela família, um casal com seu único filho de sete anos, agora era o mesmo local que enegrecido pela noite, e tomado pelo mal, abrigava o fim derradeiro para aqueles moradores.
Culpava-se por deixar sua bela mulher cair nas mãos de um vampiro, que apenas pelo deleite de vê-lo sofrer, a levou para as trevas, mesmo a coitada nunca sabendo que ele era um caçador. Lamentava-se por não seguir a promessa feita ao pai em seu leito de morte, e não treinar o filho para o momento que fosse necessário. Temia tornar-se frio e rígido com o garoto assim como seu pai fora com ele. Queria dar ao primogênito o que nunca teve, uma vida normal, o direito de ser uma criança como as outras. Mas arrependia-se amargamente naquele momento por tal decisão. Talvez, se o pequenino soubesse o que estava para acontecer, faria algo para evitar, estaria preparado.
Chorando, ouvia em sua mente o seu pai dizendo: “Tanto o vampiro quanto o caçador são seres amaldiçoados. Um por ser dominado pelo mal e o outro por ser obrigado a sacrificar sua vida para caçá-los. E como todo amaldiçoado, ambos só se verão livres de tal tormento quando chegar ao fim de suas próprias existências”.
Seu pai estava certo, e mais que certo, como sempre. Diante do que um dia fora sua família, o homem, mais que fragilizado, com sua expressão cansada e as lágrimas escorrendo em abundância, ergueu a espada mais uma vez, já com sua lâmina suja do sangue das pessoas mais importantes de sua vida, e levou até a altura do próprio pescoço.
  - Logo estarei com vocês, meus anjos. – Brotou um singelo sorriso.
  Em um movimento rápido, a lâmina cruzou horizontalmente seu pescoço. Quase que instantâneo, caiu chocando a face contra o chão. Rapidamente, uma poça de sangue formou sob seu corpo e não demorou a falecer.
Um silêncio tenebroso tomou todo o local.
Enfim, livrara sua família do mal...
Enfim, estava livre de sua própria maldição.

Fim

terça-feira, 12 de junho de 2012

Feliz Dia dos Namorados 2012


Saudações, noturnos!!

Hoje, dia 12 de junho, comemora-se o DIA DOS NAMORADOS.

Uma data que, apesar de muito comercial nos tempos atuais, ainda assim proporciona um momento legal para o casal, que neste dia acaba ficando mais paciente e carinho um com o outro.

Estou postando algumas fotos de casais de seriados e filmes envolvendo as criaturas da noite, em momentos de afeto e carinho. Espero que gostem.



Para comemorar, que tal fazer como os vários casais de vampiros e vampiras, e muitas vezes, vampiros e humanas, e dar aquela mordida na pessoa amada?!





E se você ainda não achou seu vampiro, ou sua vampira, quem sabe não seja está noite?!....

Quem quiser, me siga no twitter:www.twitter.com/kamposss
 
E eu sabia que enquanto a tivesse ao meu lado a eternidade nunca pesaria....
 
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